Portugueses reciclaram 13 por cento dos resíduos

Cada português reciclou, em média, no ano passado, 67 quilos de resíduos, 13 por cento dos 511 quilos de resíduos urbanos produzidos anualmente por cada cidadão, segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Esta percentagem corresponde a apenas cerca de 57 por cento da média da União Europeia.

Ainda assim, de acordo com os dados do INE, em Portugal, «as quantidades de resíduos recolhidas selectivamente duplicaram» entre 2004 e 2009, fixando-se no ano passado em 600 mil toneladas, ou seja, cerca de 67 quilos de resíduos urbanos recuperados por habitante.

«A evolução favorável dos últimos anos tenderá a indiciar uma trajectória de convergência com a média comunitária», salienta o instituto.

Em termos relativos, a recolha selectiva e consequente reciclagem de resíduos «não obstante ocorrerem algumas perdas até à reciclagem, constitui a operação de gestão que no período em análise mais tem crescido em termos médios».

«As quantidades de resíduos multi-materiais recolhidos selectivamente evidenciaram uma taxa média de crescimento de cerca de 15 por cento ao ano entre 2004 e 2009, claramente superior à evidenciada para o total de resíduos gerados (3 por cento)», refere o primeiro relatório do INE sobre gestão de resíduos em Portugal.

De acordo com os valores divulgados, entre 2004 e 2009, Portugal gerou 172 milhões de toneladas de resíduos, dos quais 11 por cento (19 milhões) eram resíduos perigosos.

Os resíduos sectoriais eram provenientes sobretudo da Indústria Transformadora e do Comércio e Serviços.

Em 2009, a produção baixou quase 1/4 face ao ano anterior, devido sobretudo «à forte desaceleração da produção do sector da construção», fixando-se nos 24 milhões de toneladas.

Ainda assim, acrescenta, assistiu-se a um aumento de resíduos gerados pelas indústrias extractivas, em resultado do aumento da actividade de pesquisa e exploração de massas minerais (pedreiras).

Em termos do total de resíduos separados na origem, o vidro foi o material recolhido em maior quantidade até 2005, mas a partir daí os resíduos de embalagens destacam-se como a fileira que tem registado a «mais elevada taxa média de crescimento e que ascende a 32 por cento nos últimos seis anos».

O papel e o cartão e o vidro registaram, por sua vez, um valor médio de crescimento de 18 e 11 por cento ao ano, respectivamente.

Fonte:Instituto Nacional de Estatística

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